UFMG EDUCATIVA: entrevista brinquedos e brincadeiras e formação da criança

FAZ ASSIM! CANTORIAS E BRINCADEIRAS INFANTIS

OUÇA AQUI AS PRIMEIRAS MÚSICAS DE NOSSO CD: produção: Claudio Emanuel, Marilza Máximo e Rogério Correia Direção Musical: Silvia Lima e Christiano Souza Oliveira

Faz assim!

Despedida/ Samba mais eu

territorio do brincar

domingo, 12 de dezembro de 2010

EM 2010: I SEMINARIO EDUCAÇÃO INFANTIL NO CAMPO: MANDE AQUI SEU RECADO


Gostariamos de mandar um abraço para os participantes do I seminario de Educação Infantil do campo que aconteceu na semana passada em Brasilia. Nós da Cia Sapituca estivemos presentes animando o encontro. Voce que participou do encontro deixe aqui seu recado e seus comentarios sobre nossa apresentação. um abraço.




quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

LETRAS DAS MUSICAS DO CD FAZ ASSIM!

Olá, atendendo a pedidos estamos divulgando as letras das musicas do CD FAZ ASSIM: CANTORIAS E BRINCADEIRAS INFANTIS
São 5 musicas e uma historia
1-Faz Assim
2-Abre Roda Tindolêlê
3- Periquito Maracanã
4- Farinhada
5- Despedida/Samba mais eu
6- historia Abre a mão

Para baixar as letras é so clicar logo aqui ou logo acima onde se lê Letras do cd faz assim!

na proxima mensagem apresentaremos como se brinca.
um abrço

domingo, 5 de dezembro de 2010

Festival de Palhaços em Londrina proximo dia 9


FONTE: CULTURA DA INFANCIA: Andrea Pimenta
Acontece de 9 a 12 de dezembro em Londrina PR o 1º Festival do Nariz Vermelho, um festival que comemora o aniversário da cidade e o dia do palhaço, ambos na mesma data 10 de dezembro.

Muita palhaçada pelos espaços públicos da cidade e bate papo com os participantes.

visitem o blog: www.festivaldonarizvermelho.blogspot.com

sábado, 4 de dezembro de 2010

4o. Encontro Pro Infantil: Infância e diversidade cultural


Um abraço para o professores que participaram do 4o. Encontro de formação do Pro-Infantil realizando em Belo Horizonte na semana que passou. oferecemos a oficina Diversidade Cultural na Educação Infantil e a construção da identidade.
A conversa foi bem interessante. Tratamos da constituição do campo da sociologia infancia e da Antropologia da criança especificamente em dois aspectos: a discussão sobre a idéia de culturas infantis e também sobre o lugar da criança nas sociedades indigenas.

Para falar das culturas infantis, tratamos do brincar como produção das crianças. Analisamos como a escola vem reconhecendo (ou não) esta produção infantil e acolhendo a participação das crianças de forma a sintonizar cada vez mais seu projeto educativo e as culturas infantis.

O pessoal havia me pedido informações sobre sites e videos sobre crianças indigenas.
Em agosto deste ano postei no blog alguns endereços de sites e videos. para acessar é só clicar aqui.

Tem também o estudo sobre as crianças Maxakali: Clique aquiaproveitem também para visitar o projeto Bira:

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Seminário discute violações aos direitos de crianças e adolescentes indígenas

Karol Assunção *

Adital -
De amanhã (25) até o próximo sábado (27), cerca de 70 representantes de organizações indígenas, pesquisadores, estudantes e autoridades governamentais se encontrarão em Brasília (DF) para o II Seminário sobre Direitos e Políticas para Crianças e Adolescentes Indígenas. Na ocasião, os participantes conhecerão e discutirão os resultados preliminares da pesquisa nacional sobre violação aos direitos de crianças e adolescentes indígenas.
Coordenada pelo Centro Indígena de Estudos e Pesquisas (Cinep), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), a pesquisa ocorreu durante este ano com a participação de indígenas de várias regiões do Brasil. O resultado final do relatório - assim como as sugestões e discussões geradas no seminário - serão publicadas posteriormente em formato de livro.



De acordo com Cristhian Teófilo da Silva, professor da Universidade de Brasília (UnB) e consultor sênior da pesquisa, o relatório foi construído através de oficinas realizadas com representantes indígenas para discutir problemas e demandas referentes a todas as regiões do país. Assim, os encontros aconteceram em quatro capitais brasileiras: Curitiba (Paraná), regiões Sul e Sudeste; Cuiabá (Mato Grosso), Centro-Oeste; Manaus (Amazonas), região Norte; e Recife (Pernambuco), Nordeste.


De acordo com o pesquisador, mesmo com a diversidade de cultura das etnias indígenas e a especificidade de cada região, pode-se perceber que algumas violações aos direitos de crianças e adolescentes indígenas são recorrentes. A principal delas, segundo ele, é o consumo de álcool.

O alcoolismo, de acordo com Silva, diz respeito tanto a jovens quanto a adultos e traz inúmeras consequências para a comunidade, como aumento de discussões e agressões. O professor destaca ainda a falta de assistência e de políticas relacionadas a essa questão como queixas recorrentes dos indígenas.

Outro ponto ressaltado por Silva é a pobreza. De acordo com ele, muitos indígenas migram para a periferia de centros urbanos para estudar e trabalhar; entretanto, não têm seus direitos de indígenas totalmente garantidos. "Eles reivindicam documentos de identificação como indígenas mesmo estando fora da comunidade", afirma, observando que há uma tendência do Governo só reconhecer como indígenas aqueles que vivem nas comunidades.

O pesquisador aponta ainda outras violações que não são tão recorrentes quanto as primeiras, mas que também são bastante fortes, como é o caso da violação e da exploração sexual de crianças e adolescentes. Segundo ele, a proximidade das comunidades com obras de barragens e outros projetos de desenvolvimento contribui para a prática dessa violação.

Cristhian da Silva ainda revela que a situação dos indígenas em Mato Grosso do Sul será destaque no seminário. Isso porque, de acordo com ele, o estado concentra diversas violações aos direitos indígenas, principalmente em relação à terra. "O sul do Mato Grosso do Sul apresenta um grande problema territorial", comenta, lembrando os conflitos entre diversas etnias indígenas e proprietários de terras.

Além de discutir sobre os resultados da pesquisa, durante os três dias de seminário, os participantes também terão a oportunidade de conhecer e analisar as sugestões apresentadas - durante as oficinas do diagnóstico - para o Plano Decenal dos Direitos Humanos da Criança e do Adolescente 2011-2020.

A programação completa do Seminário está disponível em: http://www.cinep.org.br/event/show/id/7


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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

NOSSA APRESENTAÇÃO NO ENCONTRO MINEIRO DO PRO-INFANTIL

Nesta manhã nós da cia Sapitucas estivemos no auditorio do Othon Palace em Belo Horizonte para desejar boas vindas aos participantes do Encontro Mineiro de formação do Pró-Infantil promovido em parceria entre MEC E Secretarias Municipais de Educação de Minas Gerais. 140 munícipios participam do Encontro que se encerra amanha, terça-feira.
Gostaria de agradecer a Fátima Sales e Marilia Guimarães pelo convite feito para abrir o encontro.
um abraço a todos!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Contos sete em ponto: maria Farinha e contos da África

POSTADO EM : ALETRIA


A África está de volta ao Conto Sete em Ponto de novembro, o mês da Consciência Negra, prometendo uma noite cantarolante onde palavra tem cor e pintura tem som. O espetáculo apresentado pela Trupe Maria Farinha (Sandra Bittencourt & Babu Xavier) promete valorizar a identidade e a auto-estima dos transeuntes e de diversas etnias, que são frutos de uma sociedade que carrega as marcas de um passado cheio de opressão e discriminação racial, de história, luta, cantos, lamentos e influência musical. As apresentações serão nos dias 25 e 26 deste mês, em Belo Horizonte e Ouro Preto respectivamente.
A ENTRADA É FRANCA!

ESPETACULO: A CANÇÃO DOS HOMENS CONTOS AFRICANOS
TRUPE: MARIA FARINHA

DATA: dias 25 e 26 DE NOVEMBRO


Em Belo Horizonte:


Data: 25/11/2010 (quinta-feira) // Horário: 19h
Local: Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21, térreo – Funcionários).

Ouro Preto
Data: 26/11/2010 (sexta-feira) // Horário: 19h
Teatro Municipal

PARA SABER ONDE PEGAR OS CONVITES CLIQUE ABAIXO:
LOCAL DAS APRESENTAÇÕES E CONVITES:

Práticas e Reflexões com Educadores do Centro Cultural Banco do Brasil

+ um curso interessante, em São Paulo, é pertim!!!

postado em Portal Cultura da Infancia
por Tatiana Henrique em 16/11/2010


Envio abaixo a sinopse do , encontro mensal realizado pelo CCBB Educativo (Centro Cultural Banco do Brasil) SP, com temas e exercícios voltados para educadores de espaços formais e não formais.

Práticas e Reflexões com Educadores

27 de novembro, sábado – 10h às 12h

O encontro deste mês trata sobre a Contação de histórias e sua integração em sala de aula e em espaços culturais. Os participantes serão divididos em três estações - Contação e Oralidade; Contação e Abordagem Junguiana; Contação e Corpo/Leitura - em que os temas-chave são discutidos a partir de exercícios. Contadoras-mediadoras: Deise Brito, Regiane Teixeira e Tatiana Henrique.

Público alvo: professores, educadores e interessados em educação, arte e cultura. Inscrição prévia com o agendamento pelo fone 3113-3649 – Capacidade: 70 pessoas.

Classificação indicativa: a partir de 18 anos

Tatiana Henrique http://mundoazulth.blogspot.com/
Contação de histórias - Teatro - Educação

Oficina de Percussão- Grupo Monobloco RJ

Este aqui vai ser no Rio, logo ali!


OFICINA COM INTEGRANTES DO GRUPO MONOBLOCO
Bom gente, eu que trabalho com criança e percussão não ia deixar de dar o recado:
Um abraço, rogerio
Postado no Cultura da Infancia por Aline Santos

"M – O – N – O – B – L - O – C – O, que beleza, uh, Monobloco!
Quem já foi ao show conhece o grito de guerra, entoado por milhares de pessoas a cada apresentação do grupo.
Consagrado por incorporar diversos ritmos e estilos musicais à batida do samba, o Monobloco é a cara do Rio de Janeiro.
E agora, além de dar o tom do carnaval carioca, leva sua batucada inovadora pelo mundo afora".

DIA 04/12 - sábado - das 15h as 18h
LOCAL: Auditório da SONKEY

INSCRIÇÕES:
na Ilimus - Instituto Livre de Música - Rua Anita Garibaldi 94
Período: 16 a 26 de novembro
Valor: R$ 40,00 - vagas limitadas

domingo, 14 de novembro de 2010

PATO FU: Musica de brinquedo

Olá, pra quem deseja uma ótima dica de cd para presentear adultos e crianças dá uma olhada só nesta reportagem sobre o novo cd do PATO FU: musica de brinquedo. O pessoal tira a musica de brinquedos e com eles interpretam canções muito conhecidas como primavera de Roberto Carlos, Tim Maia, Ovelha Negra da Rita Li ou Love me Tender do Elvis Presley. O resultado ficou muito legal, os arranjos permanecem os mesmos das outra versões mas a sonoridade dos instrumentos musicais infantis dão novas cores as musicas, tudo fica mais delicado. É simplesmente lindo! As crianças participam das musicas também e no show de divulgação a gente pode contar com os bonecos do Grupo Gira Mundo. Segundo os proprios musicos o cd é pra unir adultos e crianças. Os primeiros pela nostalgia do espetáculo e o segundo pela novidade e por ver que são instrumentos musicais, brinquedos como o que ele brinca em casa. Deu um nó e aqueceu a discussão sobre musica pra criança. Eu como adulto gostei muito do resultado. O que será que as crianças acharam?


pra quem quer ver uma canção do espetáculo Rock and Roll Lullaby (Cynthia Weil / Barry Mann). clique abaixo!
musica de brinquedo pato fu

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

AGENDA NOVEMBRO/DEZEMBRO

- dia 12/11- Curso CEMEI Polo Juverci- contagem
- dia 20/11- Curso CEMEI PEROBAS- Contagem- apresentação Cia Sapituca Ibirité
- dia 22/11- abertura encontro de Educação Infantil MEC- Othon Palace- Belo Horizonte
- dia 25/11- Curso CEMEI Belem- Contagem
- dia 02/12- Curso de capacitação Educação Infantil e Diversidade programa Pro-Infantil- MEC - UFMG
- dia 03/12- Curso CEMEI Bom Jesus- Contagem
- dias 6, 7, 8/12- Apresentação Cia Sapituca em Encontro Nacional Educação Infantil no Campo-/MEC-SECAD- Brasilia
dias 9 e 10/12- Encontro de Formação de Educadores Infantis/ PROJECTA- João Pinheiro
- 17/12- Curso CEMEI Bom Jesus- Contagem

sábado, 30 de outubro de 2010

Musicas e apostila da oficina Brincante

Queria mandar um abraço para as professoras e para os organizadores do II Forum de Educação Infantil do Municipio de Nova Lima que ocorreu no ultimo sábado na cidade. Como havia combinado com as professoras que participaram da minha oficina de Jogos e brincadeiras estou disponibilizando no blog a apostila com as letras das musicas e também o registro musical de algumas delas que brincamos. um abraço

Os estudos da infância e seus pesquisadores: Willian Corsaro


Um dos mais influentes pesquisadores dos últimos tempos na área da sociologia da infância, debatendo aspectos como socialização da criança, culturas de pares e sobre a importancia do brincar é Willian Corsaro. Ele é autor de termos hoje muito caros as pesquisas com as crianças como "culturas de pares" e "reprodução interpretativa", além de desenvolver metodologias de pesquisas com crianças pequenas. Quem levantou a biografia abaixo foi a pesquisadora Fernanda Müller quando o entrevistou.

"Conhecido por seus alunos, colegas e informantes como Bill, William Arnold Corsaro é professor titular da cátedra "Robert H. Shaffer class of 1967", da Faculdade de Sociologia, Universidade de Indiana, Bloomington, Estados Unidos. Bill obteve seu bacharelado em sociologia pela Universidade de Indiana, em 1970, e seu doutorado pela Universidade da Carolina do Norte, em 1974. Entre seus principais interesses de pesquisa estão a sociologia da infância, as culturas de pares, as relações entre adultos e crianças e entre crianças, os métodos etnográficos e o processo de socialização. Há mais de 30 anos, Bill vem realizando pesquisas transculturais sobre as culturas de pares e a educação inicial das crianças na Itália, na Noruega e nos Estados Unidos.

Bill é o autor de Friendship and peer culture in the early years (1985) (Amizade e cultura de pares nos primeiros anos), co-organizador de Children's worlds and children's language (1986) (Mundos e linguagem das crianças), e Interpretative approaches to children's socialization (1992) (Abordagens interpretativas da socialização das crianças). The sociology of childhood (1997, 2005a – segunda edição) (A sociologia da infância) foi o primeiro texto nesta área a apresentar uma análise teórica baseada em dados produzidos com crianças, e não apenas sobre elas. As mais recentes publicações de Bill, We're friends, right?: inside kids' cultures (2003) (Somos amigos, né?: no interior das culturas das crianças), e I compagni: understanding children's transition from preschool to elementary school (2005c) (Os companheiros: entendendo a transição das crianças da pré-escola para a escola primária), escrito com Luisa Molinari, reúne um extraordinário conjunto de idéias teóricas e pesquisas empíricas sobre e com as crianças, oriundo de uma pesquisa longitudinal".

Confira no inicio do blog dois artigos produzidos no Brasil sobre as pesquisas de Corsaro.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Descobri na NET- Tricotando palavras e distribuição gratuita de livros infantis

Noticias I- Site Tricotando palavras
Tricotando Palavras é um projeto de Contação de Histórias, da atriz e contadora de histórias Ana Paula Gonçalves, que pesquisa histórias clássicas, populares e de outras partes do mundo, com o diferencial de sempre manter uma conexão com a cultura popular brasileira, através de músicas, cantos e danças, criando sempre um ambiente prazeroso e de reflexão no momento da contação.
Visite:
www.tricotandopalavras.com.br

Noticias II- Itau Distribui gratuitamente livros infantis

o Banco Itaú está distribuindo gratuitamente um kit com 4 livros de histórias destinados a crianças de até 6 anos.

Basta solicitar através do link http://www.lerfazcrescer.com.br e eles enviam para o seu endereço.

Cada CPF pode pedir 1 kit e não precisa ser cliente do banco.
FONTE: Ana Maria Schultze
Coletivo-Laboratório da Imagem
www.lab-da-imagem.vai.la

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um abraço para a turma do curso de psicologia da PUC-São Gabriel

Queria mandar um abraço para minha amiga Adriana e seus alunos e alunas do curso de psicologia da PUC- São Gabriel que acessam ao meu blog. A Adriana já havia me falado que a turma tava acessando muito ao blog. Espero que as informações estejam sendo úteis! Quem quiser saber mais sobre os assuntos que posto no blog, terei o maior prazer em respoder. é só deixar o recado nos comentarios da postagem. um abraço

II Forum de Educação Infantil em Nova Lima

Amanha, dia 23 de outubro (sábado) estarei oferecendo oficina no II Forum de Educação Infantil de Nova Lima. Também estára presente a professora Rita Coelho, coordenadora Geral de Educação Infantil do MEC.

O encontro acontecerá em dois locais: Circo de Todo Mundo, Rua José Agostinho, 2335 - bairro Oswaldo Barbosa Pena - Nova Lima - CAIC e as oficinas ocorrerão na EM Áurea Lima Taveira - CAIC.
Abraço,

Seminario Nacional da Educação Infantil do campo será em Brasilia

Os representantes do MEC estão percorrendo todo pais realizando seminarios regionais para debater e escutar os profissionais e suas analises sobre o documento que estão produzindo sobre as Orientações Curriculares para a Educação Infantil do Campo. No dias 07 e 08 de outubro o encontro aconteceu o encontro da região sudeste na Faculade de Educação da UFMG.
O encontro reuniu estudiosos e pesquisadores do tema, representantes de universidades, representantes das secretarias municipais de Educação de vários municipios, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), entre outros.

Apenas 5% das crianças até os seis anos de idade freqüentam escolas da educação infantil no campo. E somente 3% estão em creches ( Pesquisa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pnera- 2005, fonte portal MEC)

Em entrevista dada ao site da OEI- Organzação dos Estados Iberoamericanos, Rita Coelho, coordenadora da educação Infantil da secretaria de Educação Básica, a Educação Infantil no campo segue parametros urbanos de atendimento. Ela define assim um dos problemas que motivam a elaboração destas orientações:


“A educação infantil no campo representa a menor taxa de freqüência escolar da educação básica”. Segundo ela, é preciso descobrir as razões que levam à baixa freqüência, debater a concepção de educação infantil no campo – que difere da educação ofertada em áreas urbanas – e construir políticas públicas com base nessas discussões. (OEI,postado em 28 julho de 2008 , http://www.oei.es/noticias/spip.php?article2603)

O documento caminha para sua discussão nacional. Ocorrerá nos dias 6, 7 e 8 de dezembro em Brasilia.

Nós da cia Sapituca fomos convidados para fazer uma apresentação e também participar da discussão e debate sobre o tema.

Para mais informações visite o portal do MEC

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Participei da Oficina do Grupo Encantar em Belo Horizonte

Olá, nesta semana que passou as meninas e meninos do grupo Emcantar de Uberlandia estiveram em Belo Horizonte para apresentação de espetáculo, realização de oficinas e divulgação do Filme. Tudo isto faz parte de um projeto de percorrer 10 cidades em vários estados divulgando o trabalho com jogos e brincadeiras infantis. Eu que apreciava muito o trabalho do grupo fui lá para conferir de perto a oficina e trocar umas palavras com a turma. Pois éh, a oficina foi muito bacana, conheci de perto a Maisa e a Ana Carolina (um abraço pras duas e pra turma toda!). O grupo que participou foram os monitores da Escola Integrada, projeto da PBH e também a turma Camaleão, um projeto de jogos e brincadeiras coordenado por professoras das escolas municipais de Contagem que atuam hoje na região do bairro Serrano (fiquei de fazer uma reportagem com o grupo). Uma coisa diferente que vi no grupo foi a energia e o pique da turma, tanto do Encantar quanto dos oficineiros do grupo. Foi uma festa! o povo tava mesmo afim de participar da oficina. O material é muito bom e vale a pena conhecer. A opção do encarte explicando as musicas e do play-back (para karaokê) abre possibilidades para inventar novas brincadeiras como fizemos na oficina. Aproveitem para acompanhar a turnê do grupo e conhecer um pouco mais do trabalho desta turma no seu site: http://www.emcantar.org/. Assista agora ao vídeo da oficina que se encontra no inicio do blog, feito pelo proprio pessoal do Emcantar. Um abraço,

domingo, 10 de outubro de 2010

JENS QVORTRUP NO BRASIL- Estudos sobre a infância: emergência, desenvolvimento e desafios futuros


Palestrante: Jens Qvortrup
Dia de 22 de outubro – sexta-feira
Horário: 9 horas
Local: Auditório Luiz Pompeu
Faculdade de Educação – UFMG

Biografia: Quem é Jens Qvortrup

JENS Qvortrup é professor de Sociologia da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e ex-diretor do Centro Norueguês de Pesquisa Infantil, Trondheim, Noruega. Um pai fundador dos estudos da infância, ele foi o presidente fundador da secção Internacional Sociological Association na sociologia da infância (1988-1998), Diretor de 'Infância como um fenômeno social "o trabalho pioneiro (1987-1992) e co-editor da a revista Infância (1999-2008). Ele tem escrito extensivamente sobre a infância e suas publicações incluem questões da infância, da infância ea cultura infantil, Studies in Modern Infância e da criança moderna e flexível do mercado de trabalho.



Artigo publicado no Brasil: Livro Crianças e Jovens na cultura contemporanea, pela Nau Editora. Org Lucia Rabello de Castro

O Autor também participará do Encontro da ANPED em Caxambu agora em outubro.

domingo, 3 de outubro de 2010

Quais as concepções de infância e criança orientam as praticas da Educação Infantil?


Nesta semana estive em duas cidades diferentes em encontro com as educadoras infantis, Contagem (MG, Polo Juverci) e Anchieta (ES, Seminario Projecta), para conversar sobre concepções de infancia e criança e sobre a noção de socialização com que trabalha a Educação Infantil. Refletir sobre concepçoes e representações de infancia é importante porque são elas que orientam nossas ações, nossas praticas e políticas sobre o que consideramos importantes para a educação das crianças. Sendo a Educação Infantil um das principais instancias socializadoras da infancia, como ela pensa a si mesma sobre o processo educativo que desenvolve?

Nos dois momentos, conversamos sobre as imagens contraditórias e ambiguas que hoje carregam nossa representação de criança e infancia construida ao longo do tempo(O cinema aborda muito bem esta ambiguidade), principalmente pelo pensamento educacional (de Rosseau a Pestalozzi, Froebel, Montessori, Piaget...).

Puras X bestiais, inocentes X corruptas, cheias de potencial X tábuas rasas
Nossa imagem em miniatura, a do ser carente, não-autônomo, em devir, objeto de projetos e iniciativa dos adultos, merecedora de proteção e educação.

Por exemplo, a Educação caminha entre valorizar aquilo que a criança já é e a faz ser criança e por outro lado destaca o que lhe falta e identifica e o que ela ainda
poderá vir a ser.

Conversamos sobre a revisão do conceito de socialização e as imagens de criança nela presentes: atores sociais, produtoras de cultura, " ... uma concepção dinâmica e historicizada de cultura, em que as crianças passam a ser consideradas seres plenos (e não adultos em potencial em miniatura), atores sociais ativos, capazes de criar um universo sócio-cultural com uma especificidade própria, produtor de uma reflexão critica sobre o mundo dos adultos". (esta fala é de Aracy Lopes da Silva.)


Estas imagens contraditórias estão presentes nas instituições de Educação Infantil. A mensagem que deixei para o grupo foi da importancia de identificar como estas imagens sustentam nossas praticas e ações, revendo-as e fazendo escolha por praticas que reflitam uma imagem mais positiva da infancia, valorizando aspectos como autonomia da criança, sua liberdade de expressão, de produtoras de cultura, colocando as crianças como parceiras do processo educativo.
um abraço,

sábado, 2 de outubro de 2010

Oficinas de brincadeiras gratuitas e apresentações do grupo EmCantar em BH

Na proxima Semana o grupo de Brincantes Encantar da cidade de Uberlândia estará em Belo Horizonte para apresentação de filme, oficinas e apresentação do seu espetáculo musical "Parangolé".

As de brincadeiras serão gratuítas e acontecerão diqa 07 de outubro, na secretaria Municipal de Educação (rua Carangola, predio da antiga FAFICH)

Já o espetáculo Parangolé será no dia 08 de outubro no teatro do colegio Santo Agostinho. Aproveitem para conhecer um pouco mais o grupo e seu material no seu site:www.emcantar.org

um abraço,

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Semana da Criança em Bh: Maria Cutia, Maria Farinha e Rubinho do Vale no Museu do Brinquedo

Acompanhe aqui a programação do Museu do Brinquedo de Belo Horizonte:

Dia 02 – Sábado – 15h:

Espetáculo Na Roda - Grupo Maria Cutia


Dia 09 – Sábado – 15h:

Palhaço Popó

Muitas estripulias e brincadeiras tomarão conta do Museu dos Brinquedos. O Palhaço Popó chega como quem não quer nada, permanece como quem quer toda alegria e vai embora com toda a tristeza que havia presente. Uma tarde feliz imperdível!

Semana da Criança – de 11 a 16 de outubro
De 11 ao 16 – Segunda a Sábado – 10h às 12h

Oficina Gatos Pingados: Oficinas artístico-culturais irão promover a criação e o desenvolvimento da fantasia e criatividade da criança. Cada dia uma técnica diferente (jardinagem, artesanato, cozinha, etc) usando materiais diversos.

Dia 11 – Segunda – 15h:

Trupe Maria Farinha


Nas asas da imaginação, os contadores de história Sandra Bittencourt e Babu Xavier envolvem crianças e adultos em um mundo de magia, faz de conta e personagens divertidos, com muita música, causos e brincadeiras interativas.


Dia 12 – Terça – 15h:

Espetáculo Musical – Rubinho do Vale


Com seu violão na mão, melodias na ponta da língua e muito amor e alegria no peito, Rubinho do Vale faz seu show musical no museu e traz para todos um pouco da cultura popular mineira.

Dia 16 - Sábado – 15h

Caça ao tesouro

Um mapa com charadas e enigmas levará todos a um super tesouro!!!


Dia 23 - Sábado – 15h:

Show de mágica com Mister Rossi

Coelhos, pombas, cartas, caixas e lenços mágicos criarão uma tarde misteriosa.


Dia 30 – Sábado – 15h:

Show de Brincadeiras com Turma da Dila

Brincadeiras antigas que fazem crianças de todas as idades se divertirem tomam conta do Museu neste dia.

MUSEU DO BRINQUEDO: Av. Afonso Pena, 2564 - Funcionários
Belo Horizonte TEL: 31 3261-3992

Semana da Criança em BH: Grupo Maria Cutia


FONTE: g1globo.com

A Trupe Maria Cutia por meio do teatro e da música vai levar às crianças cantigas e poesias, no espetáculo “Na Roda – um espetáculo brincante”. O grupo que atua há quatro anos usa a prosa e a rima para ‘cantar’ as histórias.

O espetáculo é gratuito e vai ser apresentado na Praça do Trenzinho no Parque Municipal, no centro de Belo Horizonte. A apresentação é no dia 9 de outubro. A entrada é gratuita.

Semana da Criança em BH: oficinas espetáculos no Galpão Cine Horto


Galpão Cine Horto realiza "Semana da Criança no Teatro", em BH
FONTE: g1 globo.com

Iniciativa também traz oficinas gratuitas para crianças e adultos.



"O Galpão Cine Horto realiza até 9 de outubro, a 5ª edição do projeto “Semana da Criança no Teatro”, em Belo Horizonte. A iniciativa, que ocorre desde 2005, oferece ao público infantil e adulto oficinas gratuitas e espetáculos. Atrações e cursos vão ser realizados durante os fins de semana.

Neste ano, o projeto vai explorar o teatro por meio de diferentes formas como a música, os objetos e o movimento das imagens. As oficinas são voltadas para o desenvolvimento de habilidades artísticas. As inscrições são gratuitas, mas o número de vagas é limitado. Interessados devem se inscrever uma hora antes do curso".

Que História é essa?
Na peça infantil “Mas que história é essa?”, dois palhaços contam sobre um encontro entre um pato e a Morte. No espetáculo, os artistas do Grupo Real Fantasia fazem malabarismo, acrobacia e até ilusionismo. O grupo de artistas, que completou 27 anos, é o único em Belo Horizonte que trabalha exclusivamente com teatro infantil.

apresentação de 02 3 03 de outubro: ingressos 10 e 20 reais.

telefones: 31) 3481-5580.

FONTE: g1 globo.com

Passeando pela NET:

Aqui vai a dica de tres sites e blogs interessantes que encontramos na net:

Site: a vaca amarela: arte, literatura,hai-kais, teatro e infância.


Blog: Papo corpóreo: teatro para bebês


http://educadoresbrincantes.blogspot.com: jogos, brinquedos e brincadeiras infantis do brincante Mauro Nascimento.

um abraço

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Nossa participação no II GRUPECI- Rio de Janeiro




Olá,


no inicio do mes de setembro participamos (eu,Levindo, Adriana, Vanessa, Luciano e Zé Alfredo) do II GRUPECI, 2o seminario de grupos de pesquisa sobre a infância. Aconteceu no campus da UERJ, no Rio de Janeiro (8, 9 e 10 de setembro). O encontro foi muito movimentado e reuniu grupos de pesquisa de todo o Brasil. Pesquisadoras conhecidas e que influenciaram a formação de muitos educadores estiveram presentes ou pelo menos seus grupos: Sonia Kramer, Solange Jobim, Anete Abramovich, Tizuko Kishimoto....
Em nossa sessão pudemos conhecer a produção de grupos como o coordenado por Clarice Cohn (laboratório de Estudos e Pesquisas da Criança, da UFSCAR) e o de Rita Ribes (Infância, Midia e Educação, da UERJ).




Assistimos também a apresentação do grupo de pesquisa coordenado por Angela Borba, o NUMPEC.

Muitas questões metodologicas das pesquisas com crianças foram abordadas no encontro:
o retorno das pesquisas para as crianças; o uso do desenho nas pesquisas; homens pesquisando infancia; estratégias de entrada no campo; questões éticas da pesquisa com crianças.





Depois do Encontro a conversa continuou e numa apresentação de Clarice Cohn aqui na UFMG, ontem debatemos sobre o risco da pesquisas sobre a infancia se isolarem dos demais campos do conhecimento, criando mais um universal de estudos (infancia) separando criança de adultos e perdendo força.

um abraço,

Imperdível: Cia Tempo de Brincar em Belo Horizonte espetáculo "Cantigas de Amor para um Coração Pequeno”

Em Belo Horizonte: Conto Sete em Ponto apresenta , com a Cia Tempo de Brincar

Pois é, o grupo de Sao Paulo está aqui em Belo Horizonte nesta semana para uma unica apresentação. outro dia escrevi sobre o grupo falando sobre os brincantes do Brasil. um espetaculo de Elaine Buzato e Walter Silva.

sinopse:

Dois cantadores chegam, trazendo para o público, histórias e canções de encontros e despedidas, de festas na praça e de cartas de amor que foram carregadas na bagagem dos tropeiros, viajando lugares e tempos, construindo a cultura caipira.


Data: 30/09/2010 (quinta-feira) // Horário: 19h
Local: Teatro da Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa (Praça da Liberdade, 21, térreo – Funcionários).
*Convites disponíveis no Instituto Cultural Aletria - Rua São Domingos do Prata, 697, Santo Antônio; Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa - Praça da Liberdade; Livraria Quixote – Rua Fernandes Tourinho, 274, Savassi; Bar Balaio de Gato – Rua Piauí, 1052 – Funcionários; Biblioteca Pública Infantil e Juvenil – Rua Carangola, 288, Santo Antônio; Livraria Mineriana - Rua Paraíba, 1419, Savassi.

fonte: Instituto Aletria

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Apresentação de trabalho no II GRUPECI

oLÁ, nesta semana estaremos no Rio de Janeiro, participando do II seminario de grupos de pesquisa em Infancia. GRUPECI, 8, 9 e 10 de setembro agora, 4a, 5a e 6a.
Nosso grupo é o 84, apresentamos na 5a a tarde na mesma sala do grupo de Clarice Cohn e o de Rita Ribes.
Um resumo dos nossos trabalhos:

Coordenadores: José Alfredo Oliveira Debortoli e Ana Maria Rabelo Gomes

Membros já inscritos:
josé alfredo oliveira debortoli; Luciano Silveira Coelho; Vanessa Ferraz Almeida Neves; Levindo Diniz Carvalho; rogerio correia da slva; Adriana Torres Máximo Monteiro;

PROPOSTA,

Propomos aprofundar estudos empíricos e teóricos que possibilitem ampliar a compreensão de contextos e processos de aprendizagem da cultura pelas crianças. Empenhamo-nos em discutir abordagens conceituais e metodológicas que possam favorecer o entendimento de como as crianças, nas suas relações cotidianas, experimentam, aprendem e se constituem culturalmente. Ao problematizar a infância, enfatizamos temas e questões que apontam pensar a relação Educação e Cultura tanto
do ponto de vista escolar, problematizando o ''trato pedagógico'' dos conhecimentos no contexto e cotidiano da instituição Escola, quanto dos processos de aprendizagem da cultura nos mais diversificados tempos e espaços sociais. Interessa-nos compreender formas de participação e engajamento das crianças na prática social. Para tal, buscamos nos aproximar e dialogar com as crianças, problematizando suas relações com os adultos, com as instituições, com os processos de elaboração do conhecimento. Como fundamentação teórica e metodológica, elegemos o diálogo com o Campo da Antropologia, buscando novas concepções, conceitos e alternativas de formular problemas de pesquisa. Enfatizamos, nesse sentido, que são as
questões pertinentes ao Campo da Educação que nos mobilizam investigar e problematizar as experiências de infância. Propomos articular um quadro teórico que nos possibilite descrever, analisar e compreender a prática social.
Assinalamos que tomar como foco a aprendizagem da cultura tem nos provocado buscar uma abordagem da Escola como um dos contextos sociais de educação, relação e formação humana, mas não o único. Assim, ao tematizar a educação em sua dimensão de formação humana e cultural, o foco sobre as práticas educativas
não está restrito ao ensino formal. Interessa-nos aproximar e conhecer distintos espaços socioculturais, estabelecendo diálogos com diferentes sujeitos e comunidades. Buscamos conhecer diferentes tempos e espaços sociais, apontando
caminhos para a constituição de projetos educativos e processos de formação profissional articulados à prática social e à ampliação da partilha de experiências históricas, culturais e sociais. Isso pressupõe problematizar os processos de
transmissão e produção da cultura. Propomos investigar a presença das crianças no espaço social contemporâneo (escola, cidade, arquitetura, ruas,
parques, espaços de lazer, experiências de brincadeiras, comunidades indígenas, instituições, etc.), reconhecendo elementos que as crianças anunciam, tensionando e ressignificando os sentidos das relações, dos espaços e tempos
sociais.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Oficina do Barbatuques (Percussão Corporal) em BH - IMPERDÍVEL !!!!


By Elizangela Sousa
Imperdível
Para todas as idades
Percussão corporal com Lu Horta do Barbatuques
Veja mais em anexo

Cântaro - Centro de Desenvolvimento musical
tel: 31-3344 3236 Belo Horizonte
cantaro@cantaro.com.br

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Divulgação do cd FAZ ASSIM! Encontro com chico dos bonecos na UFMG

Olá,
no inicio do mes de agosto encontramos com Chico dos Bonecos na recepção dos alunos do curso de Pedagogia na UFMG. Cláudio esteve presente e o chico nos mandou um recado. Chico, em breve posto a brincadeira que voce pediu... um abraço....

"Cláudio Sapitucas,
saudações tonitruantes!

Gostei muitíssimo das suas mirabolâncias abracadabrantes! Maravilha!!

Agora, um pedido...

Como posso aprender aquela genial e surrealista brincadeira do "corpo humano é dividido em três partes: Batman..." Tem um vídeo no youtube??? Quero ensinar para o Estêvão.

Grande abraço,
enorme carinho.

Chico Sapituca"


Olá Compadrão Chico

pra mim foi do caramba!!!! Esperamos fazer algo com vc aí em SAMPA, adoraríamos!!!

Vou pedir ao Rogerim para podermos gravar as cenas e colocar no nosso BLOG!! Tão logo

Abraços sapitucanteess!!

sábado, 14 de agosto de 2010

MUSEU VIRTUAL DOS BRINQUEDOS POPULARES: BOCA DE SAPO



Olá,
hoje de manhã participei de um encontro na escola Diversitas em Contagem e as professoras me ensinaram o brinquedo da boca de sapo. Chegando em casa eu e minha filha refizemos o brinquedo para postar no blog. CLIQUE AQUI, veja e confira como se constroi o brinquedo, um abraço

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um abraço para as professoras de João Pinheiro, Minas Gerais

Olá,
queria mandar um abraço especial para as professoras de Educação Infantil da cidade de João Pinheiro que participaram do nosso encontro de formação no último sábado. Não pude tirar fotos dos encontros e pediria para quem tivesse alguma por favor me enviasse. O espaço está aberto para comentarios e recados. É só clicar na parte comentários que aparece logo abaixo desta postagem. Um abraço pra todos!

domingo, 8 de agosto de 2010

Crianças indígenas: o lugar das crianças na sociedade Maxakali



O grupo indígena Maxakali habita territórios na região do Vale do Mucuri, região nordeste de Minas Gerais, divisa com o Estado da Bahia. São em torno de 1200 individuos, sendo cerca de 3/5 constituido por crianças. São falantes da lingua Maxakali,tronco linguistico macro-jê. Encontramos no trabalho de Myrian Martins ÁLVARES (2004) importantes reflexões sobre a aprendizagem, a transmissão de conhecimentos e o desenvolvimento infantil da criança Maxakali, e suas inter-relações com a escola indígena diferenciada. Boa parte de suas reflexões são referenciadas a sua pesquisa de mestrado ligada ao campo da etnologia indigena (ALVARES: 1992), quando tratou de aspectos ligados a construção da pessoa e a corporalidade expressas na cosmologia e sociabilidade do grupo Maxakali, tendo como um dos principais focos de analise o ritual dos yãmiy (espíritos do canto) dentre eles o Taxtakox, ritual de iniciação xamãnica dos meninos que marca sua entrada na casa dos homens (kuxex).


Seu trabalho passou a ganhar outro foco de atenção principalmente a partir de sua experiência como pesquisadora e também consultora no processo de implantação das escolas indígenas em Minas Gerais (ALVARES: 1999; ALVARES et alli: 2001; ALVARES et alli: 2003) quando tomou como fonte de preocupação as relações entre a cultura Maxakali e o processo de domesticação da escola. Trataremos aqui do primeiro grupo de questões.
Algumas afirmações da autora definem bem o lugar da criança Maxakali em seu grupo social e nas redes de sociabilidade que constrói juntamente com os adultos: “a criança é o fio que tece as várias dimensões da sociabilidade Maxakali.” Alguns exemplos do cotidiano de vida do grupo dão mostras deste lugar ocupado pela criança. Por exemplo, constitui uma prática comum entre os adultos falarem através das crianças, num diálogo indireto com os interlocutores e tendo a criança como mediadora das relações sociais. Elas podem atuar também na reconciliação ou reconstrução de relações rompidas. Quando uma mãe retorna com seus filhos a sua família de origem, após separar-se de seu antigo cônjuge, ela envia primeiramente as crianças para em seguida retornar com o objetivo de tomar conta delas. Exemplo parecido acontece quando dois chefes de famílias extensas que estejam com relações estremecidas iniciam negociações de paz, enviando respectivamente seus “diplomatas”, seus netos. Como mesmo explica a autora: “a livre circulação das crianças significa paz e harmonia entre as pessoas, sua ausência, significa hostilidade e estranhamento” (ALVARES, 2004: 54).
Os meninos também atuam como mensageiros entre os diversos grupos familiares, principalmente durante os rituais que acontecem no Kuxex quando todos os homens se dirigem a casa de religião e as mulheres são proibidas de la entrarem. Quando isto acontece, os meninos fazem a comunicação entre as duas casas. Neste momento, a autora destaca o importante papel dos meninos que atuam como ligação entre duas partes da sociedade ritualmente separadas, dos universos masculinos e femininos respectivamente.
O lugar da criança na sociedade maxakali é analisada pela autora do ponto de vista dos rituais de Yãmixop. As crianças são aquilo que se troca entre os espíritos e os humanos como sinal de sua aliança. Isto acontece durante o ritual de iniciação xamânica do menino, o Taxtakox, quando as mulheres e os espíritos trocam entre si crianças. “ os espíritos trazem de volta para as mães os seus filhos mortos ainda crianças, para que possam voltar todos os anos para dançar e cantar para os vivos e para que as mães possam alimentá-los novamente. Em troca, elas entregam seus filhos vivos para serem iniciados na casa cerimonial dos homens”. (ALVARES, 2004: 57)
No ritual, os meninos vão para a casa dos homens e permanecem por um mês. Serão separados das mães e lá farão suas refeições e serão introduzidos nas dimensões secretas do domínio sagrado de sua cultura.
O processo de aprendizagem das crianças e adultos Maxakali para se tornarem humanos completos passa pela aquisição de yãmiy (espíritos). São os pais ou outro parente mais próximo que inicialmente passam seus próprios yãmiy para seus filhos, uma vez que já se tornaram pessoas completas. Todavia, a posse de um espírito só pode ser efetivada através do conhecimento. É um processo longo que pode demorar a vida inteira, porque para os Maxakali, o conhecimento pertence aos espíritos que trazem para os humanos. Os rituais seriam neste sentido momento de aprendizado e troca entre os espíritos e os humanos. O processo de aprendizagem condiz em transformar “a palavra em canto” ou, melhor dizendo, “a pessoa humana é palavra e seu destino é transformar-se canto”. Os espíritos são seres cantores, na realidade os próprios cantos. Após a morte o destino da alma dos viventes é transformar-se em yãmiy. Os yãmiy que vem cantar com os humanos são ainda crianças. Quando crescerem estes yãmiy mandarão seus filhos. Da mesma forma que os humanos, os yãmiy também passam por um longo processo de formação e maturação para desenvolverem-se.
Neste processo de maturação que se inicia na infância ocupa um importante papel a instrução dada pelos parentes das crianças, normalmente os avós em momentos fora do ritual.


Por fim, a autora destaca a importância do ritual na vida e no aprendizado entre os Maxakali: “o conhecimento precisa ser transformado em experiência vivida ritualmente no próprio corpo. É esta experiência ritual que possui o poder de construir a pessoa e torná-la um ser humano completo” (ALVARES: 2004:62).

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ALVAREZ, M.. “Kitoko Maxakali: A criança indígena e os processos de formação, aprendizagem e escolarização”, Revista ANTHROPOLÓGICAS, ano 8, volume 15(1): 49-78, 2004.

* ACESSE TAMBÉM O BLOG DO PESQUISADOR CHARLES BICALHO MAXAKALI.BLOGSPOT.COM

domingo, 1 de agosto de 2010

Divulgando estudos sobre as crianças indígenas

Para quem se interessa pela tematica da infancia indígena, principalmente sobre as crianças Pataxó, aproveito para divulgar tres interessantes estudos um site. O primeiro é a dissertação de mestrado escrita por Levindo Diniz Carvalho. Trata-se de um estudo comparativo entre o universo de brincadeiras de crianças Pataxó de Carmesia (MG) e de crianças moradoras do bairro Taquaril, periferia de Belo Horizonte. O autor apresentou um artigo falando do seu trabalho no encontro da Anped de 2007. Para ter acesso ao texto CLIQUE AQUI!

O segundo trabalho é uma monografia trata de um estudo do campo da antropologia escrito por Sarah Siqueira Miranda e tem como título: a Construção da Identidade Pataxó: práticas e significados da experiência cotidiana entre crianças da Coroa Vermelha. Para ter acesso ao texto integral CLIQUE AQUI!


Para professores que queiram desenvolver trabalhos sobre crianças indigenas com seus alunos indicamos o site do ISA (Instituto Socio Ambiental) "Povos Indígenas no Brasil Mirim"

Lá voces encontrarão além de belissimas fotos de crianças indigenas de várias etnias, terão também acessoa a algumas de suas brincadeiras, seus mitos, pinturas corporais, além de dados gerais sobre as populações indigenas no Brasil. Para acessar ao site CLIQUE AQUI!

Por fim, divulgamos um belíssimo trabalho realizado pelo SESC sobre jogos e brincadeiras do povo Kalapalo do Alto Xingu. Acompanha livro (272 paginas ricamente ilustrado) e DVD documentario sobre a cultura e brincadeiras do grupo. Para maiores informações sobre este trabalho CLIQUE AQUI!



Assista a uma das 25 brincadeiras dos Kalapalo no vídeo que postei no inicio do blog.

BOAS LEITURAS!UM ABRAÇO,

domingo, 25 de julho de 2010

Construção de brinquedos em Anchieta, Espirito Santo


No dia 19 de julho estive em Anchieta, Espirito Santo para mais uma oficina de formação de Educadores Infantis. Desta vez priorizamos a construção de brinquedos. Tenho trabalhado a idéia de oficina de construção no seu sentido mais radical, algo que realizava com meus alunos em minhas aulas: todo mundo trabalhando envolvido no seu projeto pessoal. Apresentei ao grupo ao todo 15 brinquedos (pião de jornal, helicóptero, boneca de jornal, peixinho e biruta, cavalinho de garrafa pet, vai-e-vem, catirina, corneta de pente, caleidoscópio, carrinho, barangandão, um jogo de encaixe de bolinhas de gude e uma vaquinha). Cada educadora escolheu qual brinquedo gostaria de construir. o mais legal desta oficina são as soluções que cada um descobre quando constroi seu brinquedo. Vejam por exemplo como ficou o helicóptero com a decoração de e.v.a...






Divulgação do CD FAZ ASSIM: Encontro com Educadores Infantis em Pedro Leopoldo





No dia 14 de julho, eu Claudio e Marilza fomos convidados para participar do curso de formação de Educadores Infantis da cidade de Pedro Leopoldo, Minas Gerais. Fomos divulgar o nosso cd FAZ ASSIM! Cantorias e brincadeiras infantis. A tarde estava muito bonita As brincadeiras aconteceram nos jardins da antiga Faculdade de Pedro Leopondo.
Depois das brincadeiras conversamos longamente sobre como podemos melhorar nossa apresentação. Como a idéia é divulgar as brincadeiras e principalmente as músicas pensamos em algumas mudanças para que ela fique melhor: figurino e instrumentos musicais. Os tambores são nosso carro chefe e estamos experimentando a combinação de vários ritmos (congo, moçambique, funk, maracatu) mas faltam outros temperos na cozinha. Para acompanhar os tambores, introduziremos o pandeiro e ficamos de convidar a Sarah, uma sanfoneira, nossa conhecida, para tocar com a gente proximo encontro que será na UFMG. confira as fotos do encontro: um abraço,







quinta-feira, 22 de julho de 2010

Por que o brincar não tem valor na educação infantil: respostas dos convidados

Olá,
além do Joba que gentilmente aceitou nosso convite para participar da conversa e nos falou de sua experiencia como artista e brincante outra pessoa que nos respondeu foi a Maria Regiane Vidal C. S. Gomes, pesquisadora do Ceará que realizou mestrado sobre a temática do brincar na Educação infantil. Ela nos cedeu um artigo que publicou de sua pesquisa que estamos disponibilizando pra voces aqui no blog. chama-se ENTRE O LIVRE E O DIDÁTICO: O PAPEL DO LÚDICO NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO INFANTIL. Seu artigo é muito instigante e analisa varias questões sobre o brincar na concepção dos professores de educação Infantil, principalmente o debate entre a brincadeira livre e a pedagógica. Entre as conclusões de seu trabalho ela afirma:
É necessário, então, que o projeto pedagógico da escola de educação infantil contenha um eixo que trate do brincar e que nele esteja definido de forma clara o papel do lúdico na escola. Também é imprescindível que o professor de educação infantil tenha em sua formação o conhecimento necessário acerca da criança e do brincar. O professor com esse conhecimento, provavelmente, terá seu trabalho pautado nas atividades lúdicas, não somente naquelas com objetivos pedagógicos, mas sobretudo, nas que permitem à criança expressar sua criatividade, no entendimento de que a brincadeira livre também possibilita o desenvolvimento e a aprendizagem.

O texto completo se encontra nesta página. Indicamos sua leitura!

Para quem se interesse em incorporar o artigo em algum estudo que esteja desenvolvendo aí vão as referencias do texto: Gomes, M. R. V. C. S. Entre o livre e o didático: o papel do lúdico na escola de educação infantil. In: Maria de Fátima Vasconcelos da Costa; Veriana de Fátima Rodrigues Colaço; Nelson Barros da Costa. (Org.). Modos de Brincar, Lembrar e Dizer: discursividade e subjetivação. Fortaleza: Edições UFC, 2007, v. , p. 140-156.

Em breve estarei disponibilizando um segundo artigo, desta vez escrito por um amigo meu o Levindo Diniz. um abrço.

OFICINAS GRATUITAS: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CONTADORES DE HISTÓRIA RIO DE JANEIRO



Inscrições gratuitas
O participante poderá fazer até 4 oficinas ( uma por horário)
Descrições das oficinas no site www.simposiodecontadores.com.br

Para o restante da programação, não haverá necessidade de inscrição. Caso ultrapasse a lotação do espaço, serão distribuídas senhas.

29/07 (quinta-feira)

14h30 às 17h30

1- A narração de histórias e suas implicações pedagógicas - Sergio Bello/SC

2- Tecendo sons, criando histórias – vivências sonoras para narração - Adriana Milet/PE

3- Promovendo a leitura a partir da oralidade -Pavis Pavós (Espanha)

4- Narrativa de contos, narrativa de vida - Cláudia Beatriz Fonseca/RJ

5- Escrevendo imagens, contando histórias – processos e vivências na criação e narração - Luciano Pontes/PE

18h30 às 21h30

1- Aprendiz de saltimbanco - Alekos (Colombia)

2- Oficina de contos mínimos - Enrique Paez(Espanha)

3- Os segredos dos contadores de histórias - Beatriz Montero (Espanha)

4- Tamoin, um contador de história - Luis Carlos Ribeiro/MT

5- Histórias na sala de aula - Geeta Ramanujam (Índia ). Será ministrada em inglês.



30/07 (sexta-feira)

14h30 às 17h30

1- Aprendiz de saltimbanco - Alekos (Colombia)

2- Oficina de contos mínimos - Enrique Paez(Espanha)

3- Os segredos dos contadores de história - Beatriz Montero (Espanha)

4- Tamoin, um contador de histórias - Luis Carlos Ribeiro/MT

5- Histórias na sala de aula- Geeta Ramanujam (Índia). Será ministrada em inglês.



18h30 às 21h30

1- A narração de histórias e suas implicações pedagógicas - Sergio Bello/SC

2- Tecendo sons, criando histórias – vivências sonoras para narração - Adriana Milet/PE

3- A magia da tradição oral: a palavra na boca do contador de histórias - Goreth Albuquerque e Tâmara Costa/CE

4- Para contar melhor - Alicia Barberis(Argentina)

5- Escrevendo imagens, contando histórias – processos e vivências na criação e narração - Luciano Pontes/PE

CONTATOS:
Tel: 0055 (21) 3904-2210 / 0055 (21) 9828-0767

quinta-feira, 15 de julho de 2010

CONVITE A REFLEXÃO: profissionais falam de sua experiencia com o brincar

Olá,
depois de ter escrito meu último texto sobre porque o brincar não tem valor na Educação Infantil, tive a idéia de convidar profissionais e pesquisadores ligados a infância para também escreverem sobre o tema. O primeiro que me respondeu foi nosso amigo Joba Tridente, poeta e artista plastico do Paraná. Ele nos traz um forte depoimento de suas experiencias como arte educador que nos servem de inspiração para acreditar que o brincar ainda é uma dimensão importante de formação cultural de adultos e crianças. um abraço, rogerio

Olá, Rogerio Correia

Nos dias de hoje, cada vez mais dias de hoje, brincar, inventar brincadeiras, ser criança brincante, divertir simplesmente e apreender ludicamente o que de melhor a vida pode reservar num futuro de lembranças coloridas em tempos cinzentos, é um tabu. Se hoje sou um artista de “sete instrumentos” é porque tive um tempo, na infância, repleto de “nada fazer” e “tudo criar”. Nas asas da minha imaginação e outras crianças vizinhas, toda sobra virava um brinquedo de horas. Só aos seis anos vesti um uniforme de miudinho xadrez: vermelho e branco, e uma parte do meu tempo encontrou novo rumo na Cartilha Caminho Suave, o da leitura. E então um o outro lado da fantasia escancarou as portas e eu entrei, pra não mais sair. Naquele tempo não sabia de creches. As crianças eram criadas soltas em casa, na companhia de outros irmãos. Só soube da existência dos “depósitos de crianças”, quando deixei o interior de São Paulo. Era pouco mais que um adolescente.

Nestes últimos quinze anos (1995/2010), participando dos mais diversos Projetos Educacionais e Culturais do Paraná, viajando por todo o interior do estado, continuo encontrando muita gente triste, inclusive professores. É uma gente tensa que não sabe relaxar para apreender o que é orientado nas oficinas. Os professores não conseguem deixar de ser professores, por algumas horas, para brincar de criar brinquedos que se faz brincando (uma das minhas oficinas). O que uma criança cria em uma hora eu não consigo tirar de um professor em duas. Enquanto um professor busca a lógica formal a criança viaja livre pela (i)lógica infantil e com muito mais acertos. Também porque se um brinquedo ou boneco não sair como imaginou, ela simplesmente o reiventa.

Em Arapongas, ao fim de uma etapa do Projeto Educação Com Ciência (2006), da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, me aconteceu uma coisa mágica e inesperada na Rodoviária. Enquanto aguardava a hora de embarcar, na companhia de outros oficineiros, uma das meninas disse que, ao me ver andando pra cima e pra baixo, com uma mala cheia de adesivos e sininhos, ficou curiosa. Descobriu enfim que eu criava bonecos com material reciclável e quando conheceu alguns deles ficou fascinada. O resto do pessoal disse que também gostaria de conhecer o trabalho Como estávamos com tempo, comecei a mostrar os bonecos e fui me empolgando e contando histórias em que eles atuam e falam sobre a própria confecção. Quando me dei conta tinha um monte de gente (adultos e crianças) ao redor , prestando atenção na “ festa ”. A dona de um bar disse que estava dividida entre ouvir as historias, ver os bonecos e assistir a novela na TV. Acredito que, definitivamente, cumpri o meu propósito de artista . Estava exatamente onde o povo estava, livre e desimpedido, desinibido e pronto para o que viesse.

Certa manhã , viajando com o Projeto Comboio Cultural (2001/2002), da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná , que levava em um ônibus articulado, além de mim , uma bibliotecária e mais três artistas ( também contadores de história ), o veículo foi estacionado ao lado de uma praça, numa pequena cidade do interior . Estávamos nos arrumando para começar as apresentações quando vi uma senhora com uma garota , sua filha . A mulher tinha expressão de poucos amigos , pouca conversa , pouca informação . A garota vinha falando que naquele ônibus (que assim como em muitos outros municípios a população acreditava ser um ônibus de assistência médica ) tinha uma biblioteca e contadores de história . A mãe ficou horrorizada, achava um absurdo , um despropósito um ônibus daquele tamanho carregar artistas contadores de história para crianças , quando poderia estar sendo utilizado, segundo ela , para algo mais útil . Penso que se soubesse o quê ou para quê teria dito . No seu cego ponto de vista o artista não deve ir onde o povo está, a cultura deve continuar sendo privilégio de quem mora em cidade grande ou na capital , e ainda que é perda de tempo criança ouvir histórias , que ...

De outra vez , um dos contadores de histórias , que utilizava bonecos e ao final da narrativa mostrava para as crianças como ele transformava duas latas em um telefone ou uma simples forquilha de estilingue em um homem , ao perguntar se as crianças conseguiam ver a transformação, uma delas ( mais mocinha ) insistia em dizer que não e que aquilo continuava sendo um pedaço de pau e não um homem . Ela não queria dar asas à sua imaginação por ignorância , falta de infância ou simplesmente para enfrentar o artista , como se quisesse se mostrar superior em não sonhar (acreditando que o faz-de-conta é coisa de criança ), em não perder tempo com bonecos , com pedaços de pau que viram homens ou coisas do gênero . Ela agia como se nunca tivesse lido ou ouvido Contos de Fadas ou Histórias da Carochinha . Para onde foram os sonhos , as fantasias , a imaginação , o faz-de-conta ?

Noutra ocasião, um o performático contador de histórias mínimas , com seu teatro dentro de caixas de fósforos, se preparava para começar a apresentação quando foi interrompido por um indignado menino (de quatro a cinco anos). Ele queria aprender a fazer teatro e a sua professora não sabia ensinar - o que foi confirmado por ela, que se desculpou dizendo que não tinha a menor idéia de como trabalhar teatro com seus alunos . Bem, ali poderia estar um grande ator em formação , ansioso por informações sobre a arte de representar , já que manifestava uma precoce vocação que, com certeza, seria interrompida, caso ele não deixasse aquele pequeno município esquecido, para seguir carreira ou terminar seus estudos numa cidade maior ou mesmo na capital .

Mais à frente, quando estávamos saindo de mais uma pequena cidade , perdida no interior do Paraná , onde fomos cobrir a falta de um grupo de teatro , cujo ônibus tinha quebrado, um garoto veio correndo, de longe , em direção ao veículo, agradecendo espontaneamente por termos ido à sua cidade . Dizia que aquele seria um dia que ele nunca esqueceria. Isso paga qualquer sacrifício enfrentado, na estrada, por artistas brincantes até com quem não aceita ou gosta de brincadeiras.


Eu sou um Oficineiro Cultural que recicla, antes de tudo, a vida!

Grande abraço!

T+

Joba Tridente

http://lixoquevirarte.blogspot.com

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Fotos do encontro de formação CEMEI Juverci Freitas- Contagem

A oficina foi no sábado dia 03 de julho. Veja também o texto que escrevi logo abaixo sobre uma conversa que fizemos na formação. um abraço.







Brincantes do Brasil: Entrevista com Lydia Hortélio by Almanaque Brasil

Brincantes do Brasil: Entrevista com Lydia Hortélio parte 2 by Amanaque Brasil