UFMG EDUCATIVA: entrevista brinquedos e brincadeiras e formação da criança

FAZ ASSIM! CANTORIAS E BRINCADEIRAS INFANTIS

OUÇA AQUI AS PRIMEIRAS MÚSICAS DE NOSSO CD: produção: Claudio Emanuel, Marilza Máximo e Rogério Correia Direção Musical: Silvia Lima e Christiano Souza Oliveira

Faz assim!

Despedida/ Samba mais eu

territorio do brincar

quarta-feira, 28 de abril de 2010

MUSEU VIRTUAL DOS BRINQUEDOS POPULARES: tartaruga



Olá,
este brinquedo que apresento é de meu sobrinho, Luis, de 5 anos. Seu pai é peruano da cidade de Iquitos, bem na região amazônica (uma cidade entrecortada por vários rios da região) mas moram aqui em Minas. Todos os anos eles vão visitar seus outros parentes e desta vez Luis trouxe uma tartaruga que lá ganhou, feita de madeira, essa que ele exibe com orgulho na foto. Me chamou muito a atenção a forma como foi feito o brinquedo juntando ao corpo do animal uma casca de um fruto da região que serviu de "casco". A madeira é muito leve e fácil de manusear. Os olhos foram feitos com sementes. o casco é adornado com figuras geométricas de uma beleza inconfundível. A tartaruga traz um leve sorriso nos lábios...
um abraço

Roda de Brincadeiras no Endipe


Semana passada, eu e meu amigo "Fritas", Claudio Emanuel, estivemos no ENDIPE: Encontro Nacional de Didática e Ensino. Foi em Belo Horizonte, na Faculdade de Educação na UFMG. Apresentamos algumas brincadeiras e músicas do CD Faz Assim! brincadas aqui em Minas. Não esperávamos encontrar tanta gente! Foi muito bom! Apresentamos no saguão da Faculdade. O espaço estava lotado, muitas pessoas de várias partes do Brasil (Paraíba, Ceará, Acre, Amazonas, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia...). Mesmo naquela "muvuca" toda foi possível mandar o recado. Uma senhora do Ceará que participou das brincadeiras disse que o ritmo das musicas que tocamos fez com que ela se lembrasse do "samba de criôla" de sua infância em sua terra. Está mais do que provado que a musica, a dança e as brincadeiras são linguagem universal que une as pessoas! O povo entrou na brincadeira e se divertiu! um abrço.



quarta-feira, 21 de abril de 2010

BRINCANTES DO BRASIL: AS BRINCADEIRAS INFANTIS NA ARTE DE IVAN CRUZ

“A criança que não brinca não é feliz, ao adulto que quando criança não brincou, falta-lhe um pedaço no coração”. (IVAN CRUZ)

Ivan Cruz nasceu em 1947 no Rio de Janeiro e tem como um dos temas importantes de seu trabalho as brincadeiras de sua infância. Veja o que ele descreve seu trabalho:

"De 1990 até hoje, Ivan Cruz pintou cerca de 150 quadros, retratando mais de 100 brincadeiras distintas, e chamou essa série de “Brincadeiras de Criança”, que cresceu de tal forma sua expressão e repercussão que se transformou em um projeto, pois passou a reunir em suas exposições não só os quadros, mas os brinquedos retratados, oficinas de brincadeiras e confecção de brinquedos, contadores de história, além de uma ambientação com músicas da época, como cantigas de roda...Tudo nascido do sonho, da saudade e da vontade de fazer com que todos voltassem a brincar e as crianças de hoje aprendam o verdadeiro espírito dessa arte que está sendo deixada de lado hoje em dia". Abaixo voce vê algumas de suas pinturas expostas no site do artista.


Quer conhecer um pouco mais do trabalho deste artista? então acesse: http://www.brincadeirasdecrianca.com.br ou seu blog: http://ivancruz.ning.com
um abraço,

quinta-feira, 15 de abril de 2010

ESPECIAL: lançamento do nosso CD de brincadeiras cantadas!

Até que enfim!
Este projeto é antigo mas só agora vai ganhando um formato. Surgiu quando eu, Claudio Emanuel e Marilza Máximo resolvemos ir um pouco mais além da pesquisa que já realizávamos sobre brincadeiras, musicas e danças populares aqui de Minas Gerais.

O CD era também uma demanda dos professores com quem trabalhávamos pois sempre nos pediam um registro musical das brincadeiras que realizávamos em nossas oficinas. Convidamos a Silvia Lima e o Cristiano Souza para trabalharem na direção musical.

Por enquanto é só o Demo, e ainda não tem um nome. Pois eh, Estamos correndo atrás de patrocínio para terminá-lo! A previsão é de que até o inicinho de agosto ele esteja circulando. Enquanto isso não acontece, aqui no Blog voce curte duas brincadeiras cantadas (a segunda é mais uma cantoria, samba de roda) do CD, Faz assim e Despedida/samba mais eu. Ambas as músicas foram coletadas na Região do Vale do Jequitinhonha, localizada no norte do estado, uma região que nos encanta pela força e a beleza de sua cultura. . Na proxima postagem eu falo como a gente brinca! Ah, e quem gostou dilvulgue! um abraço

NOVO BLOG! CRIANÇAS NA DIÁSPORA




olá!
Divulgo a mensagem enviada por Angela Nunes, antropológa e pesquisadora sobre a temática da infância que nos informa sobre a criação de seu blog, crianças na diáspora portuguesa. Quer saber mais? leia o final da mensagem...

Caros(as) colegas e amigos(as),

Gostaria de vos apresentar o blogue Crianças na Diáspora Portuguesa

http://criancasnadiaspora.blogspot.com

que construí e seguirei mantendo e atualizando. É, e será, um
instrumento de trabalho no âmbito do projeto ‘Infância, migrações e
diversidade cultural`, concentrado na comunidade portuguesa na área do
Ruhr, Alemanha. A investigação abrangerá, porém, outros cantos do
mundo onde haja portugueses, lusodescendentes, lusófonos e retornados,
e também crianças de outras diásporas.

Até ao momento, tenho anexado apenas ligações e notícias.
Oportunamente, começarei a incluir resultados da investigação. Será,
ainda, um espaço para divulgação de informações que queiram partilhar
e para as vossas próprias publicações (serão dados os créditos
devidos), desde que pertinentes ao tema do blogue e projeto. Agradeço
comentários e sugestões!

Por favor, encaminhem esta informação a todos os potenciais
interessados e peço desde já desculpas por qualquer duplicação de
mensagens!

Obrigada pela atenção.
Um abraço,

Ângela

terça-feira, 13 de abril de 2010

Dia 24 tem oficina do Cavalo Marinho no Instituto Brincante- SP



Dia 24 de abril, sábado de 10h as 17 h será oferecida oficina sobre a dança popular do cavalo Marinho no Instuto Brincante, em São Paulo.

Veja a proposta da oficina:

Uma oficina interativa com jogos e brincadeiras no ritmo do Cavalo Marinho. Vamos tocar percussão, aprender canções, rimas e dançar fazendo todos os trupes. Esta oficina está entremeada de brincadeiras para nos ajudar a entender melhor toda a musicalidade do cavalo marinho: Jogos de mãos, brincadeiras com copos, jogos com bastões, trava-líguas e muito mais.
o curso custa R$ 120,00 reais.
O Instituto fica na Vila Madalena. Olha o endereço:

Rua Purpurina, 428 - Vila Madalena
São Paulo- SP
telefone: 011 3816-0575
Entre em contato também pelo site


MAIS SOBRE CAVALO MARINHO

"O Cavalo Marinho, como o Bumba-meu-boi, é uma aglutinação dos Reisados. Ao longo do espetáculo são agrupados cantos, loas, personagens e parte do Boi de Reis. É um verdadeiro auto popular que fala da vida passada e presente do povo. Uma tradição popular que vem se mantendo viva, principalmente durante o ciclo natalino".

"Tudo nos leva a achar maravilhoso esta manifestação do folclore pernambucano, desde a música com o seu som característico produzida pelos tocadores da rabeca, pandeiro, ganzá e reco-reco, que se parece muito com as toadas árabes. Os seus divertidos diálogos, suas danças parecem fazer parte de uma espécie de Teatro Mágico".

"A história do Cavalo Marinho basicamente é a seguinte: os personagens Mateus e Bastião, que participam do início ao fim da brincadeira, são dois negros amigos, que dividem a mesma mulher, a Catirina, e estão à procura de emprego. Eles são contratados para tomar conta da festa. O espetáculo é costurado ou coordenado pelo Capitão, de quem se origina o nome do folguedo. O nome do capitão é Marinho e ele chega montado em seu cavalo, daí a história dá seu prosseguimento até o momento final, quando o boi é dividido entre os participantes numa grande farra. Ao todo são 76 personagens (humanos e animais), representados em 63 atos".

FONTE: www.recife.pe.gov.br/especiais/brincantes/8c.html

Brincantes do Brasil: veja entrevista com Mauro Brincante, SP

Olá,
Mauro é brincante, mora e trabalha atualmente na cidade de São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, possui um blog com o nome Educadores e Brincantes. Trabalha com formação de professores e em projetos voltados diretamente para o brincar com as crianças. Leia aqui um pouco mais de sua trajetória e de suas reflexões sobre sua profissão na entrevista que eles nos concedeu.


Rogério Correia: como voce se envolveu na profissão de brincante? como foi o inicio, como escolheu trabalhar com jogos e brincadeiras?

Mauro:Eu nunca sonhei em ser educador. Meu sonho sempre foi trabalhar com arte e escolhi a música para ser a principal linguagem de trabalho. Comecei a tocar na minha juventude e depois de alguns anos já estava vivendo de música. Só que a vida de músico é 90% noturna e eu tinha muito tempo livre durante o dia. Então resolvi dar aula em uma escola de música, esta experiencia pra mim foi transformadora. Comecei a gostar muito da troca de conhecimento que acontecia nas aulas, em minhas aulas eu nunca dava apenas música. Se estavamos estudando um rítmo como o maracatu eu ensinava as células ritmicas mas também ensinava sobre a cultura em que estava inserido o maracatu.
Gostei tanto desta coisa que comecei a trabalhar de voluntario em projetos sociais para pode trocar mais experiências, até que fui contratado por um projeto.
Comecei meu trabalho dando aulas de músicas para as crianças porém uma coisa me incomodava muito. As crianças com quem eu trabalhava não brincavam. Então comecei a trazer o brincar para as minhas aulas de música em seguida trouxe a construção de brinquedos, quando percebi meu trabalho era mais voltado para o brincar do que para a música. Então resolvi buscar informações sobre o assunto, e fui parar no Instituto Brincante onde conheci um pessoal maravilhoso como Lydia Hortélio, Adelsin. Lucilene, Maria Amélia Pereira (Péo). A partir dai meu trabalho mudou completamente, estes mestres me mostraram que eu tinha que fazer primeiro um resgate e uma pesquisa interna então fui buscar na memória os brinquedos e brincadeiras da minha infância.
Apresentei um projeto de educação por meio do brincar para a coordenação de onde trabalhava (em Carapicuíba/SP) então comecei a desenvolver meu trabalho com crianças de 06 a 10 anos.
Escolhi trabalhar com a confecção de brinquedos, pois, na minha infância minha familia não tinha condições de comprar brinquedos então se eu quisesse brincar tinha que construir meus proprios brinquedos e trouxe esta proposta dentro do meu projeto que foi super bem aceito pelas crianças, os jogos sempre foi um paixão sempre adorei jogos de tabuleiro de todos os tipos e confeccionava muitos em minha infância também. Resumindo fiz o que meus mestres mandaram, busquei em minha infância a pesquisa para o meu trabalho.

Rogério Correia:como voce vê a importância do seu trabalho para as crianças de hoje?

Mauro:O brincar para mim como para todo brincante com quem já troquei idéias e experiência é uma questão de sobrevivência para as crianças, é por meio do brincar que as crianças se relacionam com o outro e com o mundo. Brincar é a linguagem da criança e infelizmente este legado, este dom da vida, esta vivência do brincar verdadeiro está sendo negado às crianças de hoje. Até pouco tempo eu morava em Carapicuíba/SP (periferia de São Paulo) e me mudei para o interior (São José do Rio Pardo/SP) para trabalhar o brincar com crianças e adolescentes de um projeto social. Pensei que iria encontrar um brincar mais preservado aqui, mas, para meu espanto descobri que as crianças daqui também não brincam, usando uma fala do Chico dos Bonecos. - "As crianças não brincam por que não sabem".
Então vejo meu trabalho como questão de sobrevivencia da infância. O trabalho do brincante não é apenas o de "resgatar", relembrar ou ensinar brincadeiras para as crianças, mas, é um trabalho de resgate da Cultura Infância não apenas o brincar. A Cultura da Infância vai além do brincar. O brincar é apenas uma de suas linguagens tem também os brinquedos, as músicas, as histórias, as cantigas, as parlendas, os trava-línguas, os jogos, o "faz de conta", as rodas de versos, etc.
Imagine esta cena: Uma nação "X" invade outra nação "Y", muda a forma de governo e diz que a partir deste momento o povo está proibido de cantar suas músicas tradicionais, contar suas histórias, falar em sua língua natal, ler livros em seu idioma, etc. Passado algum tempo aquele povo vai perdendo sua identidade deixando de ser "Ypsulonianos". Isso é cruel não é?

Então é isso que está acontecendo com a infância hoje, as crianças estão deixando de ser crianças e se tornando outra coisa que você não consegue entender muito bem o que é. As meninas se vestem como mulheres, se pintam como mulheres, usam roupas como mulheres mas ainda são crianças. "Outro dia uma menina de 07 anos não queria pular corda para não desmanchar o penteado que a mãe dela fez para ela ir ao projeto". Semana passada um garoto de 09 anos chegou pra mim e disse que não ia mais brincar porque ele não era mais criança, porque ele já estava namorando e a mãe dele disse que namorar era coisa de adulto e não de criança então ele queria parar de brincar para deixar de ser criança.
Ah, os dois casos eu consegui contornar. A menina eu pedi para ela me ajudar a bater a corda, ai batendo a corda ela ficou com vontade de pular e pediu para eu bater a corda só que de vagazinho para não desmanchar o penteado. - "Sem ela perceber já estava brincando e depois da corda corremos e brincamos de pega-pega, morto vivo e no fim da atividade ela estava toda descabelada e suada como todas as outras crianças. O garoto eu tive que falar que eu era casado que namorava com minha esposa e que ainda brincava, que você não precisa deixar de brincar para ser grande, ele voltou a brincar e é como ele mesmo disse. "Eu quero parar de brincar para deixar de ser criança".

Rogério Correia: como voce vê a importancia deste tema para a formação de professores?

Mauro:Eu trabalho com formação de professores desde 2006. Neste tempo eu pude ver que muitos professores vão aos cursos porque sentem falta do brincar na educação e tentam obter conhecimentos e formas de fazer o brincar. O que eu tento fazer além de dar dicas de como trabalhar o brincar com as crianças é de provocar um olhar diferenciado do brincar e da Cultura da Infância. Sempre digo que não tem receita pronta de como brincar até porque o brincar é espontâneo e se o brincar perder a espontâneidade ele deixa de ser brincadeira e passa a ser outra coisa. Penso que as escolas estão se tornando santuarios de criança, é onde criança vê criança, onde a criança pode se relacionar com o seu semelhante e na sua linguagem, este é o melhor lugar para se trabalhar a Cultura da Infância.

Obrigado.

Abraços Brincantes.
Mauro Nascimento

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Brincantes do Brasil: Lydia Hortélio




Eu já tinha apresentado Lydia Hortélio resumidamente dias atras. Encontrei uma entrevita que ela deu a João Rocha Rodrigues do Almanaque Brasil. Envolvida na época com etnomusicologia, retornando da Alemanha Lydia fala de como neste movimento descobriu a cultura da Infancia e quando decidiu pesquisar os brinquedos cantados. Trata de vários assuntos: do porque as crianças brincam menos hoje, sobre a atemporalidade da infância, das relações entre o brincar e a criança e muito mais!

Se isto serve de inspiração, algumas afirmações da nossa mestra que demonstram sua forte convicção no poder da cultura da criança e no brincar:

“Se a humanidade tem futuro, ela vai retomar por aí: pela infância.”

“Brincar é o maior exercício de liberdade que podemos ter.”

“Levar a brincar é uma tarefa inadiável.”

No alto da pagina voce ouve duas partes da entrevista de Lydia dada ao site Almanaque Brasil. Para ver a entrevista na integra (tem também escrita) acesse:

http://www.almanaquebrasil.com.br/podcast/papo-cabeca-com-lydia-hortelio/

terça-feira, 6 de abril de 2010

Brincantes do Brasil: Chico dos Bonecos



Chico dos Bonecos, Francisco Marques é mineiro, nasceu em Belo Horizonte mas é do Sul de Minas (a região que escolheu) é brincante, poeta, tetireteiro (ou mamulengueiro) e tem uma fascinação por um brinquedo que coleciona há muitos anos, o diabolô, jabolô como prefere chamar. É um brincante das palavras. Seu campo é a cultura popular aquilo que a memória coletiva guardou e que até os dias de hoje desperta o interesse de adultos e crianças: lendas, contos, fábulas, cantigas, brinquedos, brincadeiras. Mora atualmente em São Paulo, é autor de vários livros de literatura infantil.

Veja o que falam dele na Editora Peirópolis:

“Sua matéria-prima de trabalho parece ser a impalpável riqueza da oralidade brasileira mesclada com o humor e o resgate da vontade de brincar.
Ele escreve, lê, relê e conta histórias não apenas para a criança, nem para o adulto, mas para a Infância, e, dessa forma, consegue a proeza de puxar ?o fio de uma arte intergeracional ? um verdadeiro cruzaréu de vozes, onde crianças e adultos e velhos e jovens se encontram e se enlaçam e se encantam?”.

Chico foi meu primeiro professor de jogos e Brincadeiras. Isto foi em 1990. Na época cursava Pedagogia na UFMG e ele apareceu num curso da AMEPPE com a oficina “Sapitucas”. Não me lembro se era mesmo este nome mas foi a primeira vez que ouvi esta expressão e acredito que deveria ter sido chamada assim. Muitas malas e dentro delas muitos brinquedos, livros, cacarecos e os bonecos, dois fantoches feitos de cabaça. Ah, já ia me esquecendo da gaita que sempre tocava junto com as musicas e brincadeiras que ensinava. Com ele conheci a importância dos jogos e brincadeiras como linguagem da criança e foi naquele curso que descobri o que faria dali pra frente com meu curso de Pedagogia. No ano seguinte estava oferecendo na mesma instituição junto com mais dois amigos uma oficina também sobre jogos e brincadeiras. Esta longa introdução é somente pra dizer que agradeço muito a ele por ter me aberto este universo que hoje atuo como profissional. Veja aqui alguns trechos de sua entrevista para o museu da pessoa em 2003.



O Jabolô...

“É um brinquedo interessantíssimo, a ideia é assim: são dois cones unidos pela parte mais fina, duas varinhas ligadas por um cordão, você faz girar essa peça no cordão, joga para cima e pega. Um brinquedo de uma riqueza fenomenal, tanto do ponto de vista individual quanto coletivo, porque ele se transforma em um jogo em grupo também. Na França, no final do século retrasado, o jabolô chegou a ser modalidade de esporte, com campeonatos nacionais, principalmente do vôlei. Na época dos nossos bisavós jogavam muito vôlei com jabolô, dois times, a rede no meio, no lugar da bola cada jogador tinha as varetinhas e jogava o jabolô. E aí foi uma coisa interessante, comecei a descobrir várias coisas sobre o jabolô. Tipos de jabolôs diferentes”.

O trabalho com educadores...

“Ao trabalhar hoje com educadores, abordando o brinquedo e a brincadeira na educação, a gente transcende o espaço da escola, quer dizer, por que esses brinquedos e essas brincadeiras não estão na vida das crianças hoje? A gente imagina vários argumentos: o atrativo da tecnologia, a falta de tempo, a vida urbana. Tá, todos são ingredientes, mas o mais importante é o quê? O mais importante é que nós não vemos mais significado nessa cultura. Costumo dizer para os educadores, uma reflexão: se pararmos para pensar nos brinquedos que mobilizaram a nossa infância, vamos descobrir que muitos desses brinquedos nem para os nossos filhos nós ensinamos, e não é porque esquecemos, não é porque não temos tempo, é porque não vemos valor. Bom, se não estamos ensinando nem para os nossos filhos, o que dirá para os nossos alunos?! Então, os meus tios, a minha mãe, a minha avó, brincaram com jabolô. E por que nunca me ensinaram o jabolô? E o jabolô se faz com qualquer tipo de material”.

"E hoje eu dou cursos para professores, trabalho em oficinas com crianças também, vivenciando brincadeiras ou construindo brinquedos. E com o tempo aqui isso foi ganhando um volume de trabalho, acabou virando um espetáculo. Quer dizer, o meu espetáculo saiu da sala de aula, o contrário do que normalmente se faz, o artista tem um espetáculo, e como vai ampliando o campo de trabalho, ele faz isso em escola também. Não, o meu nasceu da escola e virou espetáculo. O que trabalho com os educadores e com as crianças tem formato do espetáculo, dura uns 60 minutos. E o que eu faço é contar histórias, trabalhar com algumas canções que envolvem gestos, mostrar os brinquedos, mas é mostrar os brinquedos dentro de algo meio teatral, meio história".

A criança e o brincar
"E quando nos perguntamos como a criança aprende, tropeçamos na linguagem fundamental da criança, que é o brincar. Brincar, para os adultos, é sinônimo de lazer, passatempo, coisa de fim de semana, falta do que fazer. Para a criança, o brincar é questão de sobrevivência, o único recurso que ela possui para compreender este mundo, para interpretar, para interferir neste mundo. Brincar é a maneira de a criança pensar. Então, vamos nessa perspectiva, tentando entender como a criança aprende, e é isso que desejamos que as professoras façam. Sem postura arrogante, pedante, como se a prática da professora fosse simplesmente uma prática autoritária, uma prática mecanicista. Não, temos que partir da experiência dela. E ao trabalhar com o brincar, a gente trabalha com a infância, muito com a memória da professora. E aí acaba tocando nesse nervo da própria infância".

QUEM QUISER VISITAR O ESPAÇO VIRTUAL DOS CHICOS DOS BONECOS "SÁITI GUDÁITI" NA EDITORA PEIRÓPOLIS É SÓ CLICAR: http://www.editorapeiropolis.com.br/autores/chicobonecos/

Brincantes do Brasil: Mauro brincante



Pessoal, por sugestão de uma amiga visitei um blog muito interessante de um brincante da cidade de São Paulo. Seu nome é Mauro e se intitula Mauro Brincante. Temos alguns conhecidos em comum (Adelsin, Chico dos Bonecos) uma turma que já está na estrada há tempos trabalhando na área de jogos e brincadeiras. Seu Blog está muito bacana e tem muita informação. Ele é um registro de seus trabalhos como brincante. Lá voces vão encontrar sugestão de brinquedos construidos com sucata: escadinha de maracá (conhecida tambem como de Jacó), carrinhos feitos com frascos de amaciante, bonecos, piões... tem também algumas brincadeiras indicando a maneira de brincar, videos e seu diário de bordo, um espaço para registro dos encontros.

o endereço é: http://educadoresbrincantes.blogspot.com
Vale a pena fazer uma visitinha!

um abraço!

domingo, 4 de abril de 2010

Ribeirão Preto realiza o 1o Encontro Nacional da Canção Infantil.

Em julho proximo será realizado na cidade de Ribeirão Preto o 1o. Encontro Nacional da Canção Infantil. Ele segue a tendência do que já acontece em outros países Latino-americanos articulados ao Movimento da Canção Infantil Latino-americana e Caribenha. O Brasil já sediou seu 6o. encontro em Belo Horizonte e voltará a promovê-lo agora em sua 10a edição.

O objetivo deste encontro segundo seus organizadores é "mapear a produção cancional infantil brasileira e fundar o Movimento Brasileiro da Canção Infantil", a exemplo do que já ocorre na Colômbia, Uruguay e Argentina.

Neste Encontro, além de espetáculos, serão realizadas oficinas, palestras mesas-redondas.

O encontro acontecerá de 01 a 04 de julho. as inscrições podem ser feitas pelo blog:
http://encontrobrasileiro.blogspot.com.

um abraço,

Brincantes do Brasil: Entrevista com Lydia Hortélio by Almanaque Brasil

Brincantes do Brasil: Entrevista com Lydia Hortélio parte 2 by Amanaque Brasil