UFMG EDUCATIVA: entrevista brinquedos e brincadeiras e formação da criança
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OUÇA AQUI AS PRIMEIRAS MÚSICAS DE NOSSO CD: produção: Claudio Emanuel, Marilza Máximo e Rogério Correia Direção Musical: Silvia Lima e Christiano Souza Oliveira
Faz assim!
Despedida/ Samba mais eu
territorio do brincar
MUSICAS E APOSTILA DA OFICINA BRINCANTE
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Em 2010: Brincantes do Brasil: Chico dos Bonecos
Chico dos Bonecos, Francisco Marques é mineiro, nasceu em Belo Horizonte mas é do Sul de Minas (a região que escolheu) é brincante, poeta, tetireteiro (ou mamulengueiro) e tem uma fascinação por um brinquedo que coleciona há muitos anos, o diabolô, jabolô como prefere chamar. É um brincante das palavras. Seu campo é a cultura popular aquilo que a memória coletiva guardou e que até os dias de hoje desperta o interesse de adultos e crianças: lendas, contos, fábulas, cantigas, brinquedos, brincadeiras. Mora atualmente em São Paulo, é autor de vários livros de literatura infantil.
Chico foi meu primeiro professor de jogos e Brincadeiras. Isto foi em 1990. Na época cursava Pedagogia na UFMG e ele apareceu num curso da AMEPPE com a oficina “Sapitucas”. Não me lembro se era mesmo este nome mas foi a primeira vez que ouvi esta expressão e acredito que deveria ter sido chamada assim. Muitas malas e dentro delas muitos brinquedos, livros, cacarecos e os bonecos, dois fantoches feitos de cabaça. Ah, já ia me esquecendo da gaita que sempre tocava junto com as musicas e brincadeiras que ensinava. Com ele conheci a importância dos jogos e brincadeiras como linguagem da criança e foi naquele curso que descobri o que faria dali pra frente com meu curso de Pedagogia. No ano seguinte estava oferecendo na mesma instituição junto com mais dois amigos uma oficina também sobre jogos e brincadeiras. Esta longa introdução é somente pra dizer que agradeço muito a ele por ter me aberto este universo que hoje atuo como profissional. Veja aqui alguns trechos de sua entrevista para o museu da pessoa em 2003.
O Jabolô...
“O trabalho com educadores...
“Ao trabalhar hoje com educadores, abordando o brinquedo e a brincadeira na educação, a gente transcende o espaço da escola, quer dizer, por que esses brinquedos e essas brincadeiras não estão na vida das crianças hoje? A gente imagina vários argumentos: o atrativo da tecnologia, a falta de tempo, a vida urbana. Tá, todos são ingredientes, mas o mais importante é o quê? O mais importante é que nós não vemos mais significado nessa cultura. Costumo dizer para os educadores, uma reflexão: se pararmos para pensar nos brinquedos que mobilizaram a nossa infância, vamos descobrir que muitos desses brinquedos nem para os nossos filhos nós ensinamos, e não é porque esquecemos, não é porque não temos tempo, é porque não vemos valor. Bom, se não estamos ensinando nem para os nossos filhos, o que dirá para os nossos alunos?! Então, os meus tios, a minha mãe, a minha avó, brincaram com jabolô. E por que nunca me ensinaram o jabolô? E o jabolô se faz com qualquer tipo de material”.
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