"O brincar faz das crianças adultos mais felizes!" Algum pai pode discordar desta afirmação? Certamente não. todavia por mais paradoxal que seja, a pesquisa realizada pela Ipsos Public Affairs para o Instituto Unilever/Omo
revelou contradições que atestam o abismo existente entre a visão do que é o universo lúdico ideal para as crianças e as projeções que os pais fazem para os seus filhos.
Apesar de 93% dos pais pesquisados concordarem com esta afirmativa, ao apontarem o que seria prioridade na vida infantil apenas 19 % das respostas colocam o brincar como prioridade, perdendo para a melhor qualidade do ensino nas escolas (56%) e atividades complementares como informatica e cursos de idiomas (32%).
A investigação começou em 2001 e foram realizadas entrevistas em 1014 domicílios, em 77 cidades em todo o pais, representando um universo de 31 milhões de pais e 24 milhões de crianças.
Outros resultados da pesquisa:
- 97% dos pais ouvidos pelo estudo apontam a TV, vídeos ou DVD no topo da lista das atividades realizadas pelas crianças;
-A primeira brincadeira que envolve atividade física só aparece no quarto lugar (andar de bicicleta, patinete, skate, patins, carrinho de rolimã);
- a escola é o local preferido que as crianças escolhem para realizarem suas brincadeiras; ainda assim outros espaços ainda permanecem como voltados para o brincar das crianças como o quintal e o quarto;
- 50% dos pais concordam com a possibilidade de reduzir o tempo de brincar de seus filhos;
- 97% dos pais acreditam que seu dever é preparar as crianças para o mercado de trabalho, adultos bem-sucedidos profissionalmente.
Uma questão me provoca neste estudo. Se os pais de hoje não valorizam o brincar de suas crianças e contribuem para a construção de uma infancia voltada para um adulto mais competitivo e preparado para o mercado de trabalho, talvez estejamos vislumbrando um futuro em que a vida nesta terra perca a beleza que tal prática proporciona hoje aos seus praticantes.
Conheça mais sobre a pesquisa: ela está disponível aqui no blog. acesse "pesquisas sobre a infancia". Um abraço...
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